A quarta cidade mais antiga do Brasil
está localizada na Região Metropolitana de Aracaju.
Limita-se com os municípios de Aracaju a
leste, Nossa Senhora do Socorro e Laranjeiras ao norte, e Itaporanga d'Ajuda a
oeste e sul. Foi a primeira capital de Sergipe, até a transferência para Aracaju em
17 de março de 1855.
Características
Capital da província de Sergipe
até meados do século XIX, São Cristóvão guarda
da fase colonial alguns edifícios históricos e conserva suas tradições, como as
romarias e as festas religiosas. Como a festa de Nosso Senhor dos Passos que
atrai fiéis de vários estados do Brasil.
Cidade histórica do estado de Sergipe,
considerada monumento nacional, São
Cristóvão situa-se ao norte do estuário do rio Vaza-Barris, no
litoral sergipano. Com quarenta e sete metros de altitude, distante 26 km
de Aracaju.
A paisagem urbana de São Cristóvão
integra magistralmente a topografia acidentada do morro da Cidade Alta com a
Cidade Baixa e o Rio Paramopama preservando a característica de implantação que
herdou da época colonial.
São Cristóvão é a quarta cidade
mais antiga do país e foi a primeira capital de Sergipe. Foi fundada por Cristóvão de Barros a 1 de Janeiro de 1590, no contexto da Dinastia Filipina em Portugal, União Ibérica.
A cidade sofreu sucessivas mudanças,
até firmar-se no local em que hoje se encontra, à margem do rio Paramopama,
afluente do rio Vaza-Barris. Em 1637 foi
invadida pelos neerlandeses, ficando praticamente destruída. As
tropas luso-espanholas, sob o comando do conde de Bagnoli,
tentando evitar o abastecimento dos inimigos, incendiaram as lavouras,
dispersaram o gado e conclamaram a população a desertar. Os neerlandeses, que
encontraram a cidade semideserta, completaram a obra da destruição.
Em 1645, os neerlandeses foram expulsos da capitania de Sergipe,
deixando a cidade em ruínas. No final do século XVII,
Sergipe foi anexado à Bahia e São Cristóvão passa a sede de Ouvidoria. Em 1710 foi
invadida pelos habitantes de Vila Nova, região norte de Sergipe, revoltados com
a cobrança de impostos por Portugal. Nos meados do século XVIII, a cidade foi totalmente reconstruída.
Em 1763 sofre
a invasão dos negros dos mocambos e índios perseguidos.
No dia 8 de julho de 1820, através de decreto de Dom João VI, Sergipe foi emancipado da Bahia, sendo elevado à categoria de
Província do Império do Brasil e São Cristóvão torna-se, então, a capital.
No final da primeira metade do século,
os senhores de engenho lideram um movimento com o objetivo de transferir a
capital para outra região, onde houvesse um porto capaz de receber embarcações
de maior porte para facilitar o escoamento da produção açucareira, principal
fonte da economia na época.
Em 17 de março de 1855, o então presidente da Província, Inácio Joaquim Barbosa,
transferiu a capital para Aracaju. A partir desse momento, a cidade
passa por um processo de despovoamento e crise, que só é resolvido no início do
século XX com o advento das fábricas de tecido e a via férrea.
Cidade tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional desde
23 de janeiro de 1967, tendo sido inscrita no livro de tombo arqueológico,
etnográfico e paisagístico, enquanto que em nível estadual já havia sido
elevada a categoria de Cidade Histórica pelo Decreto-lei nº. 94 de 22 de junho
de 1938, do Governador-InterventorEronildes Ferreira de Carvalho.
Os principais edifícios históricos do
centro de São
Cristóvão, a cidade alta, possuem acautelamento
governamental, ou seja, tombamento. A Igreja e Convento de São Cruz, ou de São
Francisco, e onde também funciona o Museu de Arte Sacra, é o primeiro monumento
tombado no Estado de Sergipe pelo IPHAN em
1941. Depois temos a Igreja Matriz de Nossa Senhora das Vitórias, Igreja do
Rosário dos Homens Pretos e o Conjunto Carmelita (que conta com a Igreja e
Convento do Carmo, e a Igreja da Ordem Terceira que é mais conhecida como
Igreja de Nosso Senhor dos Passos) em 1943. Ainda naquele ano são tombados os
sobrados de Balcão Corrido da Praça da Matriz, o da Praça de São Francisco e o
da Rua Messias Prado. Em 1944, a Igreja e Antiga Santa Casa de Misericórdia,
que hoje é o Lar Imaculada Conceição. E em 1962, a Igreja do Amparo dos Homens
Pardos.
Além dos monumentos tombados pelo IPHAN, é tombado pelo governo estadual o
Museu do Estado por decreto de 2003, porém esse prédio pode ser considerado
protegido pelo Estado conforme o texto do Decreto-lei nº. 94 de 1938.
O Município ainda possui bens
remanescentes de antigos engenhos que possuem valor cultural e que merecem ser
preservados. Apenas duas capelas rurais de antigos engenhos em São Cristóvão
possuem tombamento, a do Poxim (IPHAN em
1943) e a de Itaperoá (Governo Estadual, no início dos anos oitenta), próxima a
Itaporanga d'Ajuda, esta última está completamente abandonada e em processo de
arruinamento, ou seja, sério risco de desaparecer. A foto acima é a praça São Francisco, hoje, Patrimônio Mundial da UNESCO.
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