domingo, 2 de setembro de 2012

Monstro do Quarto


  Eu estou com medo, todos estão com medo, quanto o monstro dorme tranquilo, para se passar por bonzinho, no quarto do medo. Eu não tenho medo dele, eu morro de medo... essa é a verdade.
- Serar que sou covarde? - pergunto-me - Creio que não. – respondo.
     Ser covarde é ter medo de fazer alguma ação que lhe cause consequência positiva, ou negativa. Medo se sente quando estamos ameaçados, coagido por uma situação ou por uma pessoa. Então, me pergunto mais uma vez. – O que faz, ou leva, uma pessoa a querer, ou se tornar um mostro para os que calam quando ele fala. – Não sei. – repondo.
    Queria eu ter um super poder, para o entender sem discrimina-lo. Mas a situação que estou, mesmo se o estivesse esse tal poder, ainda o retrataria como um monstro. Seria eu agora um monstro? – pergunto-me. – Não. – respondo – O meu medo é tanto, a minha situação é tão diversa, que a única coisa que me conforta é ter ódio do  monstro, qual esta no quarto escuro calculando o próximo golpe. 
     A noite chegou. O silencio paira entre nós. Lagrimas não temos mais, secaram. E agora? - pergunto-me. - Por enquanto não vamos fazer nada, estamos com medo. Pensamos juntos e decidimos, vamos deixar o monstro dormir, enquanto ficamos com a expectativa em saber o que vai acontecer quando ele acordar. Esperamos que ele acorde na pele de um cordeiro, por enquanto é melhor vê um monstro assim, do que afiar as suas garras e nos atacar enquanto dormimos. Que venha o monstro... faço questão de o invocar... só quando a casa silenciar para sempre.

Nenhum comentário:

Postar um comentário